17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto de meu Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito. (João 20, 17-18 )
Quem primeiro viu Jesus ressuscitado foi uma mulher; Maria Madalena. E porque essa relação do divino com o feminino? Simplesmente porque o feminino representa o útero de passagem. O caminho que diviniza, que dá a vida, que transforma a treva em luz. Jesus precisava mudar do humano para o divino pelo mesmo caminho que se humanizou; o útero. Madalena quer impedir esta passagem porque como humana não aceita a morte, a perda e não compreende que Jesus estava neste processo de passagem, de volta para o Pai. A Maria vê que Jesus não é mais humano, é espírito. Não me segures, disse Jesus. É exatamente esta atitude que precisamos compreender entre a vida e a morte. “Não me segures!”. A passagem requer um estado de cuidados para que não se faça com traumas. Requer um processo natural para que o amadurecimento do feto seja completo. Não me segures, é preciso que eu vá, mas vos deixarei o Paráclito, disse Jesus.
Alvaro Oliveira