Maria não foi escolhida por acaso para ser a mãe de Deus. Nem tampouco foi preparada. Ela já existia potencialmente desde o princípio, pois este era o projeto divino e como tal incluía a quarta pessoa neste processo da criação e salvação. A presença de Maria simboliza toda a criação, da aurora ao ocaso da vida, como principio, meio e fim. Ela é o princípio que transforma o intangível no tangível. A causa no efeito. O atemporal no temporal. O infinito no finito. O divino no humano. Sem ela, nada existiria como matéria, pois foi através do seu útero que tudo se formou. A luz, as trevas, o sol, a lua, as estrelas, o universo infinito e insondável. E dele Deus tirou toda a criação em seis dias. E o verbo se fez carne e habitou entre nós. E com Ele todos passaremos para a vida eterna. A figura de Nossa Senhora Mãe de Deus, contempla a Maria, que disse o “sim”, em todos os instantes da criação, para a concepção da vida eterna. Para que existisse tempo e espaço, para que existisse a vida. Para que existisse o mundo material, que transforma o divino em humano e o humano em divino. Para que a humanidade possa, novamente, através do útero materno, ingressar no infinito de Deus.
Alvaro Oliveira
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