quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

MARIA, GRANDEZA DE SER MULHER...



A Virgem Maria foi uma mulher que revolucionou o seu tempo.
Uma mulher culta e que conhecia as Leis e os Profetas. Uma mulher cheia de predicados e princípios, que afastam totalmente a crença da sua simplicidade e pobreza, como querem mistificá-la, e poucas ousariam, ante tantos fatos relacionados a sua pessoa e que a colocam em destaque como mulher à frente do seu tempo, onde as demais viviam ignorantes, escravizadas e submissas, a atitudes tão independentes.

Maria demonstra sua independência, de atitudes e conhecimento, quando o Anjo Gabriel comunica que ela será mãe. Ela aceita sem questionamentos.
Ela assume, aquela maternidade, contra todos os preconceitos, inclusive de José, que a princípio não acredita. Ela foi suficientemente forte para convencê-lo da verdade e mantê-lo calado, como também para impor a sua vontade e, de cabeça erguida, desafiar os costumes e a lei que mandava apedrejar, até a morte, uma mulher adúltera, quando aparece, diante de todos, grávida.

Maria segurou este impasse e venceu o seu segundo desafio. Digo segundo porque acredito que o primeiro foi o conhecimento. Esta foi a primeira revolução que se processou no seu ser. Ensinamentos recebidos no Templo de Jerusalém, onde fora oferecido aos três anos de idade. Somente muita determinação e coragem poderiam fazê-la tão independente e segura de suas decisões.
Outros tantos desafios enfrentou até a morte de Jesus, na cruz, suportando, ela, dores incomparáveis, que somente uma mãe, cheia da graça do Espírito Santo, poderia suportar. E guardando tudo no seu coração.

Quando visitando Isabel, sua prima que estava grávida de João, recita o cântico do Magnificat, relaciona-o a quatorze textos do Antigo Testamento. Fato raríssimo entre as mulheres nesta época, que estavam mais para analfabetas, que para conhecedoras de uma vasta cultura hebraica e quiçá, helênica e romana.

Podemos perceber que a mesma assumiu a alfabetização e os principais ensinamentos das Sagradas Escrituras a Jesus. Não somente na sua infância, mas aos 13 anos, quando atinge a maior idade masculina na sua tradição, e até os 33 anos quando inicia sua vida pública.

É Maria, sua mãe, quem o conduz!
É Maia, sua mãe, que o faz realizar o primeiro milagre!
É ela que está sempre presente!
Presente do primeiro ao Seu último dia de vida e depois assumindo a maternidade do Seu povo; a minha maternidade, a sua maternidade, você queira ou não queira.

Não foi por acaso que esta mulher, que vivenciou e sofreu, no silêncio, toda a dor da entrega do seu filho em prol do projeto salvífico, foi escolhida para ser a mãe, cuidadosa, intercessora e presente, do filho de Deus.



Alvaro de Oliveira
Recife, 06/12/2012

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