domingo, 25 de janeiro de 2015

Ó Virgem Maria, nós vos veneramos


Ó Virgem Maria, nós vos veneramos porque vós sois a Mãe de Deus e nossa.
Sois santa e imaculada, consagrada a Cristo, vosso Filho, e unida ao Espírito Santo.
Ó Mãe da Igreja, dai-nos amar a família dos filhos de Deus e dos irmãos de Jesus.
Nós vos pedimos por todos os fiéis que participam de nossas paróquias e comunidades e os demais, espalhados pelo mundo inteiro.
Pedimo-vos pelos fiéis leigos, para que vivam os sacramentos do Batismo e da Crisma e da Eucaristia pelo testemunho da fé, do amor e da esperança.
Pelos fiéis casados, para que expressem pelo sacramento do Matrimônio seu amor conjugal e sejam responsáveis na construção da própria família.
Pedimo-vos pelo Papa, para que seja reconhecido e amado como Sucessor de Pedro e Vigário de vosso Filho.
Pelos Bispos, para que sejam acolhidos e respeitados como Sucessores dos Apóstolos.
Pelos sacerdotes, para que vivam como ministros do vosso Filho, Mestre e Sacerdote.
Pelos diáconos, para que sejam servidores disponíveis do Povo de Deus.
Pedimo-vos pelos religiosos e religiosas, para que expressem sua consagração a Deus no mundo, pela vivência dos conselhos evangélicos e dos diferentes carismas de suas Ordens, Congregações ou Institutos.
Ó Maria, abençoai e defendei a Igreja do vosso Filho na variedade de seus dons, serviços e ministérios!
Amém.

Do livro: Maria da nossa fé, publicado por Paulinas.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Maria guardou tudo no coração


Jesus fez muita gente santa e todos os santos que ele fez souberam conviver e ajudar os outros. Maria é santa porque guardou tudo no coração, mais do que depressa foi servir Isabel e esteve lá, o tempo todo, servindo e amando seu Filho e os que o Filho amava. Essa mulher nos encanta porque pensou, orou, serviu e nunca se afastou do seu filho nem afastou ninguém dele.

Os santos nos impressionam por isso. Foram e são servos de Deus. Por isso, a Igreja primeiro declara alguém venerável, digno de respeito e admiração porque servo de Deus; depois, beato e então santo. Podemos imitá-los, porque eles seguramente levam a Jesus. Nenhum deles vai nos levar a eles mesmos. São setas apontando para o Cristo. Eles nunca afastam ninguém do Cristo. São misericordiosos para com quem não é misericordioso com eles. Procure uma pessoa solidária, que diz a verdade, ama, perdoa, pede perdão e achará uma pessoa a caminho da santidade. Santo rima com solidário!

Pe. Zezinho
No livro: Maria do jeito certo, publicado por Paulinas.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Maria Medianeira

Erram os que atribuem a Maria poderes que ela não tinha e não tem. Maria também tem que pedir, porque todo o poder foi dado a Jesus e não a ela (Jo 13,3). Mas, se Jesus delegou poder aos apóstolos (At 1,8; Mt 10,1; 28,18), é impensável que negasse poder a sua mãe. Jesus não disse em nenhum momento que delegaria todo o seu poder a Maria. Também não disse que não delegaria.

Por isso, se é certo que não temos que pedir tudo por intermédio de Maria, e que Deus não precisa de Maria para nos dar todas as suas graças, também é certo que podemos orar com ela e pedir que ore conosco, como é certo que Deus a usa como sua serva e filha, da mesma forma que pastores e padres se dizem usados por Deus como servos e profetas. Se faz conosco, seus discípulos pecadores, fez e faz muito mais com Maria, santa e mãe!

Quem prega que Deus só nos atende por intermediação de Maria, porque por ela passam todas as graças do céu, não entendeu o dogma de Maria Medianeira. Seria contra a Bíblia pensar assim. Quem prega isso não está pregando como católico. Os textos de Jesus são bem claros: a Jesus, o Cristo, foi concedido o poder (Mt 10,32; Jo 1,3; 13,13).

Em nenhum momento ele diz que temos que buscar suas graças no colo de sua mãe Maria. A Igreja oficialmente jamais disse isso. Nem poderia dizê-lo. Ao contrário, aprendendo com Maria, ela diz que os servidores do casal de Caná devem ir ao Filho dela (Jo 2,5). Não fez sem o Filho; mandou ir a ele, porque o Filho faz! Esta é Maria!

Deus não depende de Maria para nos atender. Mas não há alma cristã mais capaz do que Maria de orar conosco e por nós a Jesus. Nossa fé nos diz que um cristão que pedir a Maria que ore com ele e por ele estará pedindo ajuda à melhor pessoa a quem se pode recorrer depois de Jesus.

Pe. Zezinho
Do Livro: Maria do jeito certo, publicado por Paulinas.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O olhar do discípulo amado

No seu Evangelho, João confere a Maria dois lugares-chave: Caná, onde Jesus oficializa o começo da sua vida pública com o primeiro sinal, o do vinho da melhor qualidade; e a Cruz, onde Jesus conclui a sua vida pública. A presença de Maria no primeiro sinal e depois no sinal da Cruz forma o conjunto da vida pública de Jesus.

Isso é intencional no evangelista, que, entre esses dois sinais, tece muitos laços. Em Caná e na Cruz, Maria é a primeira citada. Em Caná e na Cruz, Maria é chamada, por três vezes, Mãe de Jesus e uma vez mulher. Em Caná ainda não era a hora, mas na Cruz era exatamente A HORA. Em Caná, trata-se de água e vinho, ao passo que, na Cruz, do coração do Senhor jorram sangue e água. Em Caná, os convidados recebem de Jesus vinho do melhor para estancar a sede. Na Cruz, é Jesus quem tem sede e dão-lhe de beber vinagre. Em Caná, Jesus espera a fé de Maria; na Cruz, essas coisas foram escritas “para que vós acrediteis” (Jo 19,35). Em Caná, Maria vem em auxílio da fé dos discípulos, ela se põe entre o Filho e os discípulos. No Calvário, ela se acha ao pé da Cruz de Jesus, e o discípulo amado se encontra ao lado dela.

Esses laços todos atestam bem que não é por acaso que João coloca Maria no começo e no fim da vida pública de Jesus. Ele a quer como a personagem por excelência para ser testemunha e modelo.
Ave, Mãe de Deus, mulher pura de Israel.
Ave, tu com seio mais vasto que os céus.
Ave, tu, ó Santa, ó trono celeste!
(Papiro do século VI)

Do livro: Maria dos Evangelhos, publicado por Paulinas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ó Maria!



Ó Maria, nós veneramos vossa imagem em tantas imagens que de vós compuseram.
Elas nos recordam vossa pessoa e vossa vida terrena.
Elas nos projetam vosso ser e vossa vida celeste, na glória.
Ó Mãe de Deus, nós contemplamos vossa imagem com a do Menino Jesus, nos braços, o ícone que representa o mistério de vossa maternidade divina.
Sois a Mãe de Cristo Jesus, o Verbo de Deus feito homem para nos salvar!

Nós contemplamos vossa imagem, cujos braços irradiam graças e bênçãos, enquanto os pés esmagam a cabeça da serpente, ícone que representa vossa vitória, em Cristo, sobre o antigo Inimigo.
Sois a Mãe Imaculada do Redentor que nos deu a graça do perdão, da filiação e da herança eterna!

Nós contemplamos vossa imagem de mãos postas, mestra de oração, ícone que representa vossa consagração total a Deus, no diálogo com o Senhor e na meditação dos mistérios de Cristo.
Sois a Sede da Sabedoria que tudo, na memória e no coração, conservou!

Nós contemplamos vossa imagem a indicar-nos o coração, ícone que representa a liberdade e a pureza de vosso ser, pleno de amor a Deus.
Sois a toda bela porque santa para o Senhor e bondosa para conosco!
Dai-nos meditar vossos mistérios nesta terra, ó Maria, para que nós contemplemos vossa beleza, com a de vosso Filho, na glória eterna.
Amém.

Do livro: Maria da nossa fé

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Santa Maria, Mãe de Deus


Celebremos com amor e alegria a Santíssima Virgem Maria, Mãe do Verbo de Deus encarnado.
Mãe de Deus, Theotokos, de Vladimir


Caríssimos, no início do ano a Igreja celebra a solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria Santíssima. Esta é a festa que nos induz, providencialmente, a iniciar o novo ano nos consagrando a Santa Mãe do Verbo Encarnado. Poderíamos entender logicamente que Maria é Mãe de Deus vendo que nasceu dela o Filho de Deus, feito carne; mas vamos entender um pouco o que a Igreja nos ensina sobre o dogma da Maternidade Divina de Maria.

A Igreja, no Catecismo, “denomina ‘Encarnação’ o fato de o Filho de Deus ter assumido uma natureza humana para realizar a nossa salvação”1. Como nos diz São João no seu Evangelho: “O verbo se fez carne”2. Nisto, o Verbo que era Deus se fez homem em Jesus Cristo, sem deixar de ser Deus. Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, como nos ensina mais uma vez o Catecismo: “O acontecimento único e totalmente singular da Encarnação do Filho de Deus não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que ele seja o resultado da mescla confusa entre o divino e o humano. Ele se fez verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem”3.

A Igreja, desde os seus primeiros séculos, defendia firmemente nos Concílios, desmascarando as heresias, essa realidade de Deus ter se encarnado em seu Filho Jesus Cristo. Diante da heresia nestoriana, que dizia ver em Cristo uma pessoa humana unida à pessoa do Filho de Deus, São Cirilo de Alexandria e o III Concílio Ecumênico rebateram dizendo que: “‘O Verbo, unindo a si em sua pessoa uma carne animada por uma alma racional, se tornou homem’. A humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que assumiu e a fez sua desde a concepção”4.

Maria Santíssima é Mãe de Deus porque Jesus Cristo, o Verbo feito carne, nasceu dela. Ela concebeu, em seu seio virginal, pelo o Espírito Santo, o Filho de Deus, como nos mostra o Concílio de Éfeso proclamando no ano de 431, e relata para nós o Catecismo: “Mãe de Deus não porque o Verbo de Deus tirou dela sua natureza divina, mas porque é dela que tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne”5. Diz-nos ainda São Basílio de Selêucia (séc. V): “Corpo sagrado que abrigava o Senhor! Em Maria foi anulada a constatação de nosso pecado, pois foi nela que Deus se fez homem, permanecendo Deus. Ele quis submeter-se a esta gravidez, e se humilhou ao nascer como nós; sem abandonar o seio do Pai, satisfez-se com os afagos de sua mãe”6.

São Tomás de Aquino ensina que: “A Santíssima Virgem foi escolhida para ser Mãe de Deus e para tanto o Altíssimo capacitou-a certamente com sua graça. Antes de ser Mãe foi Maria, por conseguinte, adornada de uma santidade tão perfeita, que a pôs à altura dessa grande dignidade”7. A Virgem Maria é mãe de Deus, segundo a humanidade, porque o Filho de Deus se fez homem em Jesus Cristo, nosso irmão, e isto sem deixar de ser Deus, nosso Senhor. Jesus é inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Isso é o que a Igreja confessa, crê e ensina. Por isso, celebremos com alegria e amor a Santa Mãe de Deus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós!


Iury Nascimento, seminarista da Arquidiocese de Fortaleza.

Referências:
1 CONCÍLIO VATICANO II. Catecismo da Igreja Católica, 461.
2 Jo 1, 14.
3 CONCÍLIO VATICANO II. Op. cit., 464.
4 Idem, 466.
5 Idem, ibidem.
6 Lecionário Patrístico Dominical, São Basílio de Selêucia (séc. V); Sermão 39, 4-5.
7 São Tomás de Aquino, A eleição de Maria para Mãe do Divino Verbo. Trecho do Livro: Glórias de Maria.

Fonte
Natalino Ueda é brasileiro, católico, missionário da Comunidade Canção Nova, formado em Filosofia e Teologia. Atualmente é produtor de conteúdo do portal cancaonova.com. Na consagração a Virgem Maria, segundo o Tratado de São Luís Maria, descobriu um caminho fácil, rápido, perfeito e seguro para chegar a Jesus Cristo. Desde então, ensina esta devoção, o caminho "a Jesus por Maria", que é o seu maior apostolado.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Papa: Ser mãe é dar a vida; o melhor antídoto contra o individualismo

2015-01-07 Rádio Vaticana

Na primeira audiência geral do Papa Francisco em 2015 o tema da catequese foi o papel das mães na família, na sociedade e na Igreja. O Santo Padre citou o arcebispo Oscar Romero falando de ‘martírio materno’



Quarta-feira, 7 de janeiro, primeira audiência geral do Papa Francisco no ano de 2015. Neste período de Inverno as audiências gerais decorrem na Sala Paulo VI. Catequese do Santo Padre: o papel das mães na família, na sociedade e na Igreja.

Recordando a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus do passado dia 1 de janeiro, o Papa Francisco afirmou logo no início que “é a Mãe de Jesus que depois de O ter gerado, apresenta o Filho ao mundo.”

O Papa Francisco falou do papel central das mães, desde logo, na vida familiar:

“Na família está a mãe. Cada pessoa humana deve a vida a uma mãe e quase sempre deve a ela muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual. A mãe, porém, apesar de ser muito exaltada de um ponto de vista simbólico, é pouco escutada e pouco ajudada na vida quotidiana, pouco considerada no seu papel central na sociedade. Aliás, muitas vezes, aproveita-se da disponibilidade das mães para se sacrificarem pelos filhos, para se poupar nas despesas sociais.”

Segundo o Santo Padre, as mães são o maior antídoto contra o dilagar do individualismo egoístico. “Indivíduo quer dizer que não se pode dividir. Ao contrário as mães dividem-se a partir de quando recebem um filho para dá-lo ao mundo” – recordou o Papa que citou o Arcebispo de San Salvador Oscar Romero que falava do ‘martírio materno’:

“Na homilia no funeral de um padre assassinado pelos esquadrões da morte, ele disse citando o Concílio Vaticano II: ‘Todos devemos estar dispostos a morrer pela nossa fé, mesmo que o Senhor não nos conceda esta honra... Dar a vida não significa só ser mortos; dar a vida, ter espírito de martírio, é dar no dever do silêncio, na oração, no cumprimento honesto do dever; naquele silêncio da vida quotidiana; dar a vida pouco a pouco! Sim, como uma mãe, que sem temor, com a simplicidade do martírio materno, concebe no seu seio um filho, dá-o à luz, amamenta-o, faz crescer e acode com afeto. É dar a vida. É martírio’. Sim ser mãe não siginifica só pôr no mundo um filho, mas é também uma escolha de vida, a escolha de dar a vida.”

O Papa Francisco concluiu a sua catequese afirmando que a também a Igreja é mãe e os cristãos não são “orfãos mas filhos da Igreja, de Nossa Senhora e das nossas mães”.

O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:

“Caros peregrinos de língua portuguesa, agradecido pelos votos e preces dirigidas a Deus por mim durante as festividades do Natal, de todo o coração desejo a todos um feliz Ano Novo, pedindo a Nossa Senhora, Mãe de Deus e da Igreja, que seja a estrela que protege a vida das vossas famílias. Que Deus vos abençoe!”

No final da audiência alguns membros do Golden Circus di Liana Orfei exibiram-se perante o Papa Francisco que se divertiu muito e que depois de os aplaudir encorajou-os a serem não apenas portadores do sorriso e mensageiros de solidariedade entre os povos e as nações, mas criadores de beleza”.

O Papa Francisco a todos deu a sua benção!


(RS)
(from Vatican Radio)