O diálogo de Maria com o anjo na anunciação deixa claro que ela não conhecia os planos de Deus sobre ela mesma. Embora especialmente agraciada por Deus e tendo como meta ser sua serva, caminhou na escuridão da fé. Assim, de maneira muito natural, diante de imprevistos ficou surpresa e fez perguntas. Sabia que o Messias nasceria de uma mulher e que uma virgem o conceberia. Não sabia que aquela mulher seria justamente ela.
Tendo ouvido as palavras do anjo (“Darás à luz um filho”), Maria não duvidou nem pediu um sinal. Sua pergunta foi sobre “como” conceberia este filho. Queria saber de que maneira deveria comportar-se para que pudesse cumprir a vontade de Deus. Os padres da Igreja viam nessa pergunta os sinais claros de um voto de virgindade. Assim, a pergunta teria um valor continuativo, como quem hoje diz: “Não fumo”, significando que a pessoa tem a intenção de continuar não fumando. No caso de Maria, seria como se dissesse: “Não conheço e não tenho intenção de conhecer homem. Para fazer a vontade de Deus, devo mudar de comportamento?” Aqui, colocam-se duas questões: poderia Maria não aceitar a proposta de Deus? Em caso de a resposta ser positiva, como nasceria Jesus?
Maria era livre. Deus a preparou, a fez “cheia de graça”, mas não tirou sua liberdade. Ser livre significa fazer escolhas, mesmo contra a vontade de Deus. Que Deus realizaria seus planos de outra maneira, disso não há dúvidas. A Bíblia é rica de ensinamentos nesse sentido. Quando alguém, chamado a colaborar com o Senhor, nega a colaboração pedida, ele se volta para outro. Assim, havia escolhido Saul como rei de Israel, como ele se tornou indigno de sua confiança, Deus o deixou de lado e escolheu Davi. Eli e seus filhos haviam sido escolhidos para sacerdotes, mas dada a indignidade de seus filhos, Deus os deixou de lado e escolheu Samuel. O próprio povo hebreu tinha sido escolhido como primeiro destinatário do Evangelho. Uma vez que não soube reconhecer Cristo, a pregação da Boa-Nova se voltou para os pagãos. Jesus havia escolhido Judas Iscariotes como apóstolo, mas como ele traiu o Mestre, outro — Matias — foi escolhido em seu lugar.
Cada um de nós é chamado à salvação, recebe uma vocação e é enviado em benefício de outros. Se não correspondermos devidamente, comprometeremos nossa própria salvação e poderemos ser substituídos por outros. Deus, que nos chama a ser seus colaboradores, poderá levar sua obra adiante mesmo sem nós. Entende-se, pois, que os maiores elogios que Maria receberá se referirão, justamente, à sua fé e à sua fidelidade.
Do livro: 'Um mês com Maria', Paulinas Editora.
Tendo ouvido as palavras do anjo (“Darás à luz um filho”), Maria não duvidou nem pediu um sinal. Sua pergunta foi sobre “como” conceberia este filho. Queria saber de que maneira deveria comportar-se para que pudesse cumprir a vontade de Deus. Os padres da Igreja viam nessa pergunta os sinais claros de um voto de virgindade. Assim, a pergunta teria um valor continuativo, como quem hoje diz: “Não fumo”, significando que a pessoa tem a intenção de continuar não fumando. No caso de Maria, seria como se dissesse: “Não conheço e não tenho intenção de conhecer homem. Para fazer a vontade de Deus, devo mudar de comportamento?” Aqui, colocam-se duas questões: poderia Maria não aceitar a proposta de Deus? Em caso de a resposta ser positiva, como nasceria Jesus?
Maria era livre. Deus a preparou, a fez “cheia de graça”, mas não tirou sua liberdade. Ser livre significa fazer escolhas, mesmo contra a vontade de Deus. Que Deus realizaria seus planos de outra maneira, disso não há dúvidas. A Bíblia é rica de ensinamentos nesse sentido. Quando alguém, chamado a colaborar com o Senhor, nega a colaboração pedida, ele se volta para outro. Assim, havia escolhido Saul como rei de Israel, como ele se tornou indigno de sua confiança, Deus o deixou de lado e escolheu Davi. Eli e seus filhos haviam sido escolhidos para sacerdotes, mas dada a indignidade de seus filhos, Deus os deixou de lado e escolheu Samuel. O próprio povo hebreu tinha sido escolhido como primeiro destinatário do Evangelho. Uma vez que não soube reconhecer Cristo, a pregação da Boa-Nova se voltou para os pagãos. Jesus havia escolhido Judas Iscariotes como apóstolo, mas como ele traiu o Mestre, outro — Matias — foi escolhido em seu lugar.
Cada um de nós é chamado à salvação, recebe uma vocação e é enviado em benefício de outros. Se não correspondermos devidamente, comprometeremos nossa própria salvação e poderemos ser substituídos por outros. Deus, que nos chama a ser seus colaboradores, poderá levar sua obra adiante mesmo sem nós. Entende-se, pois, que os maiores elogios que Maria receberá se referirão, justamente, à sua fé e à sua fidelidade.
Do livro: 'Um mês com Maria', Paulinas Editora.
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